sexta-feira, dezembro 29, 2006

Bom mas nao Óptimo!

Se tivesses feito do mastro pau em vez de raminho jovem imberbe que mal se sustém sozinho poderias tê-lo lavado nas minhas tesões aquosas que por mim abaixo me escorriam. Mas nem mão trabalhadora nem língua humedecida te ergueram os humores e naquele meio termo não dá com nada continuaste. Cheguei-te para mim, rezando que com o meu calorzinho íntimo te regozijasses, caí ainda assim, à investida dessa tua língua naquele ponto, já de momento, tão proeminente em mim. Rendi-me ao sinergismo de língua acompanhada pela carícia labial com a habilidade manual que te permitiu, ao menos, enterrar em mim algo sempre duro e não algo que queria sentir enrijecer e me encher a boca, como efeito da decorrente acção felaciosa que empreendia. Pensei tê-lo visto, pau maduro, a seguir a um abocanhar mais fundo do topo para a base, fiz escorrer meu desejo lábios abaixo e pensei que te ias afundar em mim! Cogitações erróneas que me conduziram à expectativa de uma foda bem dada, porém, ao dobrar da esquina tal inexistente foda voltou para atrás. Aguei, minha boca salivou ainda mais enquanto a fonte que de mim jorrava de prazer secou. Foi desilusão tal antevisão oral de prazeres mais carnais que não se deram. Quis tanto, até se tornar rosa a pele por inteiro, devido a uma consequente vascularização de tensão, sentir-te vir ao corromper a integridade do meu sexo inerte. A realidade assolou uma vontade internada na ala da geriatria que há muito pede por ser extinguida. Quero-te há demasiado tempo e não tenho a certeza se o meu sexo espera por ti... Lambes-me com modos que me potenciam os desejos existentes para depois deixares-me carente! Tão insuficiente. Depois da tua mão cabe a minha atenuar os estragos que provocaste ao não findar o trabalho que iniciaste. Uma vez lambida, a minha cona demanda ser comida!

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Inebriação Implícta Ao Toque

Goteja a tua virilidade naquele local que elegeste como o de eleição no meu corpo. Humidifica-me o meio que me permite ter-te todo de corpo e alma cobrindo-me a carne ruborizada. Pinga sobre a minha boca semi-aberta num momento de suspiro, fazendo-me cogitar de como será o chuviscar de tais fluidos no meu ponto mais intimo. Perco a cabeça muito antes de perder a roupa e todos aqueles empecilhos acessórios que nos negam descaradamente as sensações que a pele sobre a pele provoca. Desbrava o terreno que te trespassei hoje. São negócios de acordo tácito! Tu sabes que o meu corpo vem implícito no pacote mental que consomes. Tacteia a maciez desse órgão sensitivo que se chama pele e vê-la-ás como tua ao procurar-me pelos estreitos que nos dificultam a cópula. Dá a tua rigidez à palmatória que disciplina sexos tesos em busca da imortalidade que uma única memoria icónica confere. Sentidos hirtos, despertos para essa via sem retorno! Não voltes atrás, não é pedido, é ordem que comanda as vontades e que se dirige a si própria, tal como a minha mão que te pega e te trás para aquele meio humidificado e te impõe as práticas de um teso caralho preso às mãos da necessidade. Vias sem escapatória! Abracemos em glória de sermos somente dois seres desnudados expectantes por se embrenharem um no outro, antes de mais abaixo se molharem mutuamente! Uma pinga da minha tesão em ti; copos atestados de inebriação. Deixa-me beber!

Lateja Por Mim Adentro

Fode-me, digo-te eu baixinho, numa voz apagada por um toque de palma cheia das minhas mamas! Não te fiques pelos topos, imploro-te com aquele ar mesclado de pedinte com aflição que quer sentir a sua boca cheia de contentamento. Alimenta a minha tensão, esta vontade carnal de te cravar no dorso as minhas iniciais e marcar no teu corpo a minha presença ao vir-me com os teus prolongamentos aquosos numa poça de união de tesões. Anda, grito, num gemido imperativo e os teus braços sobre o meu corpo esmorecem numa força erecta renovada! Arrasto as síbalas das frases do prazer incompleto: mais. Mais é o meu vocabulário complexo por tanto significar; sim, dedo acima, dedo adentro, ah!, tão pouco, só mais, mais, mais, um! Deliro nos teus dedos, indicativo que atesta o vagido e que me escorre pelas minhas pernas fazendo-me mendigar por mais. Força-me a entrada com essa penetração incisiva que o meu sexo nega ao fazer-se desentendido. Belo atrito, expansão vaginal potente embora tão insuficiente!, vem mete-lo por inteiro. Não me vim para ficar por metade! Quero tudo o que busco nos cantos recondidos do teu corpo. Prazer disfarçado por cós largos longe das mãos por fechos éclair da separação! Sistemas de dificultação aos corpos que demandam axiomas de excitação. Põe me de joelhos que te mudarei o sentido da imagem vista de cima, tomando-te como liquido que me hidrata a ânsia de ser de novo fodida. Abro-te o caminho que se avista à distância de uma investida. Enlaço-te, abro as pernas, quero ser comida! Não me venhas lambendo pelas curvas abaixo até a virilha, não há notas de paciência na minha respiração perdida. Não quero mais nada a não ser sentir-te acomodado nas minhas paredes latejando tão adentro de mim que faço meus os teus espasmos e me venho com satisfação!

terça-feira, dezembro 26, 2006

Fonte que me instensifica a sede

Tua boca na minha é pura lasciva derramada na saliva que trocamos que nos delicia os lábios com os fervores de todas as carícias numa só união de bocas. Beijemos continuamente até que alguém mais pudico por nós passe e nos façamos de desentendidos. Não olhes, concentra-te no que de melhor sabemos fazer juntos. Estes são os nossos pecados inscritos nos músculos fatigados por movimentações que não se cessam por acção das vontades das nossas mentes agitadas em busca daquele outro que é fonte de prazer. Sê fonte!, donde jorra prazer que da qual possa eu molhar minha boca e me aguar por mais desse bendito liquido que quando corre em mim é somente lubricidade. Exponencia-me as vontades, enquanto mais a dentro buscas pelas vontades escondidas por uma anatomia fechada. Molha o teu dedo no meio húmido onde cultivo os reais quereres. Procuras-me e eu perscruto-te no silêncio de uma madrugada violada desregradamente por gemidos que me saem da boca à qual dás o timbre e as notas do rejubilo que me sai abaixo humidificado! Toca o caminho em pleno que desbravas pois aí vive a carência alimentada pela ausência de me sentir profundamente mimada. Mima-me num gesto de penetração de longo alcance, acaricia-me, somos ambos devassos!
Que sejamos distendidos e alongados nos tempos dos diâmetros, nos compassos irregulares dos vagidos, nas tensões que me prendem e me relaxam, para que no fim, possamos ser unicamente suspiro.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Delicias Fermentadas no Sangue

Permitam-me ser irracional, uma última vez. É para a despedida. Beber até não mais poder, cair, esquecer. Balbuciar pensamentos emaranhados, enquanto tento deslindar o que, ao fim ao cabo, quero dizer. Falar de modo enlameado o que de outro modo não me ousaria a pensar, quanto mais, professar. Sentir alívios dos que ditos queriam ter sido e não foram e que encontram a fuga quando a mente se entope-se de cevada. Ah, delicias fermentadas no sangue, que me adocicam a boca à medida que os líquidos me beijam os lábios e por eles adentro imergem esófago abaixo e, por ai além, até ao aconchego da circulação. É uma total navegação do mesmo mundo com outros olhos e outros discursos. Nesta minha dialéctica tipicamente inebriada, falo! Transcendo barreiras, aniquilando muros conscientemente erguidos pela razão, transformando-me em carne que não pensa que, ao adormecer a consciência, é somente sensação. Limito-me a ir, sem ver por onde vou, apenas sentido o chão que piso sobre os meus pés. Nesta minha dialéctica tipicamente inebriada dou o corpo na sua plenitude às mãos que se confrontam com as minhas, que disputam com elas os controlos mentais que o prazer confere a quem o dá , tornando o outro seu escravo cativo. Aquando o apogeu do ébrio, há um pedido se gera na carne que pede por carne e, impondo-se e sobrepondo-se, conduz-se por si mesmo à satisfação. De quem fui submissa só o álcool sabe; cai algures, esqueci, apenas me lembro de acordar feliz.