quinta-feira, junho 04, 2009

Cansei-me

Cansei-me do teu corpo; apesar das tuas magníficas curvas que tão bem se adaptavam ao formato da minha mão e cuja textura suave era apropriada ao seu percorrer, da fragrância do teu corpo que exalava forte no rego das tuas mamas quando te fazia suar na minha cama, do teu ondular rítmico ao compasso do meu, de me sentir vaivém indo mais adentro e pouco afora de ti, do timbre do teu gemido quando te orava herege, da tua timidez quando te olhava despida e de como isso me fazia rir, de transitar de um estado profundo de adormecimento para outro apenas suficientemente desperto para gozar o prazer de te sentir deslizar por mim abaixo ou ainda de acordar com a tua pele impressa à minha sem aviso, de te ver usar molhada a toalha mais pequena que te havia de dar, da tua expressão de deleite quando me adicionavas manualmente centímetros à tesão, da tua fixação pelo meu gemido grave que te livrava de preocupações, de me dares calores acabado de sair fresquinho do banho… Já nada disso me satisfaz; preciso de sangue fresco, carne nova para destapar demoradamente e assim dar à luz dos meus olhos novos milímetros e milímetros de possibilidades de sentir novamente o êxtase que contigo tive brevemente. Foste meu abrigo temporário. Findos recursos são tempos de ir, deixar-te para trás a dormir com o pensamento de que amei bem o corpo.