quinta-feira, janeiro 26, 2006

Sempre Insuficiente

Admiravel tentação que me toca o corpo num excesso de carícias à alma. Soluções fermentadas pelo desejo que vejo brotar em mim. Que mesmo quando julgado saciado me retoma e me invade com a mesmissima amplitude de um orgasmo passado. É um ir com sabor de vir. Satisfação que tarda e que pouco perdura. Desejos que nascem da massa que me dita a forma que me falam com timbre de caprixo ao sexo. Sexualidade madura que desabrocha na pele desnuda que me recobre o sexo. Linhas vivênciais rectas encontradas nas oscilações da armação de ferro feita palco de actuações sexuais. Nada me chega a não ser o mais feito tudo do nada que o meu corpo é. Sê prolongamento que me completa para além da finitude imposta pela mortalidade humana que me fatiga incessantemente. Carne conspurcada pelos derrames do teu sexo é esta a minha. Rotas de fluentes que escolpem leitos através do rego do meu peito desaguando na humidez do meu sexo. Marcas impressas à flor da pele que a tua mão pintou à passagem pelos meus contornos hoje vazios relembrando-me que em mim não estás mais. Resigno-me à solidão imposta pela tua ausência. Vazio que fantasias não suprimem nem duas mãos juntas em jeito de toque esquecem. Só, sou breve e de cáracter perecível. Em oposição à líbido que me possui ao sabor do teu sexo.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Sou quem na mão trás o sexo

Sou quem na mão trás o sexo. Expresso ao estilo inconfundivel de Bocage. Sou operador na génese do erotismo através da aglutinação de singulares palavras insipidas. Confiro o sabor do meu sexo às numerosas texturas que um dia tactei e que sobre elas derramei lascívia em tinta líquida. Do papel faço cama minha, papiros de repouso de agitações mentais. Não é o meu sexo que comanda a minha mente, mas sim a minha mente que comanda o meu sexo. É nesta que a libido toma lugar exilando a covarde razão que me desertou das mãos. Perecemos perante a pulsão. Desejamos morrer e só depois então renascer dos fluídos que trocamos entrelaçados. União que almejamos. Tesão que de nós brota, atentados que corpos não conseguem censurar.
Impulsos que nos ditam o refúgio no corpo de outrém. Se prazer é impureza que me suja a pele, prefiro então viver assim. Sou fruto de pecados consumados.
"Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas herdarão o reino de Deus" (1 Coríntios 6:9-10).

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Sentindo te escorrendo

Sinto escorrer a tua tesão pela minha boca. Esperma que me adoça o desejo; lubrificante do meu sexo. Líquido que hidrata a minha ânsia por vida tua a desembocar na minha. Beija a boca que outrora se comoveu da carência explicita do teu sexo apagado pela falta de caricias. Prende-me a língua com os teus lábios e escorrega por ela adentro de modo similiar ao meu quando na minha boca te enclausuro. O teu gosto viril entranha-se sem se estranhar alojando-se na comodidade do meu sexo desnudo onde a tua mão se demora a partir. Devolve o meu corpo à rebusta segurança dos teus membros másculos, embraça a minha fragilidade femina de Lolita recém mulher. O teu corpo são trilhos de perdição onde nos quais me perco como na linha do teu pescoço em lambidelas ousadas enquanto as minhas mãos inquisitivas te acariciam o peito descendo em busca do teu sexo. Sussuras me ouvido na forma de invocações à mão que se fecha e prende a tua excitação à sua palma. Notas que aguçam-me os sentidos. Instrumentos sexuais que toco e que, ao mesmo tempo, me tocam! Fazes da minha vagina epicentro de ondas sismicas indomáveis como a alma presa ao meu corpo repleto de atrevimento. Bebe do cálice que acondiciona o teu prazer à carne. Desguta o sabor da minha boca com gostos tão próprios teus. Impulsos sexuais incontestáveis em pontas de línguas unidas.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Prazer toxico viciante

Mais não vejo a não ser sinais somatórios de adições continuadas de prazer. Funções exponencias com base no teu corpo que eleva o meu ao mais infinito. Ultrapasso barreiras limitantes do real só com o tactear dos teus dedos semelhantes aos daqueles que seguram o virgem incógnito. Assim sou eu para ti, mapa desconhecido feminino com seios que falam à suplica do teu toque. Abocanha-me enquanto soltas a selvagaria que a tua lingua encerra em húmidos calores bocais. Emudece-me!, senhor detendor de toda a linguagem. Sorves odores inebriantes dos tecidos repuchados na tesão do momento. Feromonas que exalamos encurtadoras da distancia que entre nos se entrepõem. Derramamos suores empregnados por fragancias sexuais. Navegamos em oceanos de ares rarefeitos insuficientes para o esforço dispendido. Abafemos a dor provocada pelo acido lactico preso a musculos duramente fustigados! Sexo no seu formato original puro e duro com diamêtros alargados pela sensualidade exposta de corpos desnudos. Inalo-te, sinto-te nada mais quero! Minto, omissões que olhares não negam. Mexe-te! Agora foder-te-ei eu! O teu sabor roça na superficie das minhas papilas viciadas em cristais químicos másculos teus. Preciso mais! Os meus nervos pulsantes impõem-se enclausurando o teu sexo no meu. Endureces ainda mais e nesse momento sou incapaz de contestar a dependencia dos ansiolíticos revestidos a estimulações, pequenas pilulas de pandora que apenas no teu corpo encontro.

domingo, janeiro 01, 2006

Escrava do Falo

Vejo em mim palavras freudianas ditas dessa tua boca. Voz de quem mudo no meu corpo fala. Sou amante metafórica dos recursos estiliscos escritos com esferograficas fálicas de texturas vaginais. Mais não digo e a minha voz cessa-se em silêncios disseminados pelos contornos dos nossos corpos. Trago o teu sabor na minha boca calada semi-aberta em suspiros de alivio. Carrego no meu sexo ímpetos indomáveis pela minha mão que só a tua atenua. Comandas fileiras de prazer fazendo do meu corpo campo de batalha onde no qual te bates pelo triunfo. Derrubas muralhas mal acimentadas de pudores fingidos de recatamentos forçados. Munido de falo infliges-me golpes certeiros no meu ponto fraco. Estelhaço a atmosfera silenciosa que sobre nós se abate, com gritos lancinantes da desfloração provocada. Algemas-me à dureza do teu sexo com trincos feitos de coitos. Escravizas-me ao sensual gozo enquanto escarranchada te sinto a mim. Faz de mim cuncumbina leal ao falo que premeias com venereas cupulações de satisfações colossais.