sábado, março 20, 2010

Lugarejo Meu

Abandono o sofá maquinalmente, encaminhando-me para a porta. Sondo pelos recantos da minha mente o motivo mas, a cada passo, eles escondem-se. Nisto, deixo de conseguir concentrar-me sequer tamanha a energia que pulsa em mim. Chegada à rua, desato a correr. Suando pela vida, corro contra o tempo. Sigo pela rua das paixões desenfreadas, virando na esquina dos amantes inseguros para a avenida dos relacionamentos. Corto caminho por um estreitamento de via na rua do meu jeito que, afinal, era um beco sem saída. Contratempos. Tento mais acima no túnel dos compromissos a minha sorte. Recupero o ritmo já no largo da harmonia. Continuando, com a praça das ofensas nas costas, passo por baixo do arco dos bem-aventurados em direcção à avenida das saudades. Com o quarteirão da incerteza de lado, inicio a rua da esperança procurando ver-te na janela à espera, minha toponímia.