quinta-feira, janeiro 26, 2006

Sempre Insuficiente

Admiravel tentação que me toca o corpo num excesso de carícias à alma. Soluções fermentadas pelo desejo que vejo brotar em mim. Que mesmo quando julgado saciado me retoma e me invade com a mesmissima amplitude de um orgasmo passado. É um ir com sabor de vir. Satisfação que tarda e que pouco perdura. Desejos que nascem da massa que me dita a forma que me falam com timbre de caprixo ao sexo. Sexualidade madura que desabrocha na pele desnuda que me recobre o sexo. Linhas vivênciais rectas encontradas nas oscilações da armação de ferro feita palco de actuações sexuais. Nada me chega a não ser o mais feito tudo do nada que o meu corpo é. Sê prolongamento que me completa para além da finitude imposta pela mortalidade humana que me fatiga incessantemente. Carne conspurcada pelos derrames do teu sexo é esta a minha. Rotas de fluentes que escolpem leitos através do rego do meu peito desaguando na humidez do meu sexo. Marcas impressas à flor da pele que a tua mão pintou à passagem pelos meus contornos hoje vazios relembrando-me que em mim não estás mais. Resigno-me à solidão imposta pela tua ausência. Vazio que fantasias não suprimem nem duas mãos juntas em jeito de toque esquecem. Só, sou breve e de cáracter perecível. Em oposição à líbido que me possui ao sabor do teu sexo.