segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Tesão Mortificada Pela Insatisfação

Sai de cima de mim que não consigo respirar com o teu corpo sobre o meu! Afasta-te que não suporto a tua presença, vai para longe que o teu corpo ofende a minha vista e incita uma raiva que sempre impedi de transparecer! Estou mais do que saturada! Sinto-me totalmente farta de crer, as desilusões aglomeraram-se em fardos grandes demais para não serem vistos. Acabou-se. Não consigo mais perpetuar este jogo de quero-te quando tu não me queres. Adeus! Nem penses no que o teu rosto deixa ler, estas palavras não são fingidas! O meu estado de tesão morreu. Declarado o homicídio pouco nos resta a dizer e nada temos em comum que nos entrose de novo o caminho para o quarto. Nem me fales naquele teu agachamento devassado à luz de um publico desconhecido numa dessas noites perdidas que nos encontraram a comermo-nos com modos longes de serem politicamente correctos. Não será o passado a alimentar o futuro, nem a saciar as minhas vontades que ainda vivem por não me quereres quando te quero. Já lá vai o tempo da sintonia e da tesão que nos brotava das mãos, que percorrendo os nossos membros pela pele penetrava contaminando-nos de desejo. Falas-me da selvajaria na ponta da tua língua que me lambeu à luz de um desejo que de insatisfação faleceu!