quinta-feira, junho 08, 2006

Lambidas Labaredas

Labaredas dos teus instintos desvairados que à minha chama atiçam a loucura! Queima-me a pele este fogo de te agarrar os membros ainda plácidos de sua chama repousada sob a guarida dos sentidos. Línguas vivas de calores que pelos poros se entranham. Como se entranham! Dou minha alma perdida a esses reencontros dos prazeres com as ardências perdidas. Teu toque reacende em mim extintos focos, sentidos quase como esquecidos por não mais terem sido usados. Corrompe-me a inércia instalada que insatisfeita me deixou acostumada. Abre-te às mãos, a estas caricias experientes, aos mistérios dos toques que o teu corpo desconhece. Relembra-me como são as texturas jovens suaventemente endurecidas, vagamente disfarçadas, à luz do dia confessadas! Tesões exclamadas, púber menina ousada! Dá me tua alma à mão deste meu prazer de te ver sentir enrijecer, não mais poder e então em minha boca perecer. É vicio, sim, palavra que te recrimina e que a mim me incita as acções que a tantos outros chocam, ai!, como me incita! Essa tua expressão de clausura às restrições sociais, esse teu brilho fosco de quem sua voz não dá às contestações das suas mãos cansadas. Cansa-te essa punheta diária - sempre pelo mesmo consumada! Fustrações imberbes que me deliciam! Deixa-me tomar a tua mão na minha enquanto a outra pelo teu corpo corre distraída...
Despe-te dessa trémura limitativa que só à tua ânsia acresce o desejo de uma foda não tida. Não temas a selvajaria desta corporea mente vivida dá apenas o corpo à paixão que sob teus membros lambidos desfalece.