terça-feira, abril 18, 2006

Usos sobre Abusos

Pertubada mente é esta a minha que me dita incomensuráveis impulsos desregrados quais sigo sem necessitar de saber qual o fim que estes me destinam. Atiro-me!, ao sabor das arriscadas inconsequências traçadas ao longo dos rumos imprevisíveis. Efeitos adversos de atitudes irreflectidas! Irritações cutâneas causadas pelos toques que desapareceram por entre as sílabas da utilização! Texturas porosas cujo uso lhes serviu o ar crucial à vida em fracos rotulados a prazer. Produtos em quinquagésimas mãos que se servem como legado familiar restaurados com uma mão em cima do joelho disfarçando vagamente os defeitos destes. Visões apelativas às quais sucumbi, destrutivas imagens da dignidade do corpo que se viu tremer outrora por puro deleite. Tremo a irritação que é sentir o respeito derramado em sexos indignos da posse do meu corpo. Praguejo na impossibilidade de professar verdade pois os orgulhos são cegos e orgasmos não necessitam de olhos para ver! Corpo meu somente eu uso porque, filho, a mim me pertence. Não só uso como abuso das suas potêncialidades sensitivas que me permitem navegar nos trilhos das sensações corporeas dispares tão igualmente incomparáveis a qualquer outro tipo de prazer mundano. Inalo o prazer em formatos gasosos que me sustêm a vida! Satisfações enroladas em murtalhas que se desfazem na humidez dos líquidos constestários da intensidade dos contactos de mim a mim. Toques teus trocados num ápice pelos meus. Sou mulher o suficiente para me satisfazer sozinha! Sexos passeiam-se nus na calçada da oferta. Ruas em que o sexo espreita a porta. Corpos ocultados pelas cortinas da gula carnal. Transparentes tentações.Toques insipidos teus a mim nunca mais sentidos por apenas me saberem ao acre da mental violação! Louvores à carne que serve sobre a mesa dos gozos sexuais.