quarta-feira, setembro 06, 2006

Cruel, Tu És

Sinto-me impelido a confessar-te, já que sei que te apraz, que és cruel. Subjugas-me à inferioridade por ser do género masculino. Persegues-me por homem ser, por mulher querer que sejas enterrada no meu meio. Sussuro-te “cruel que tu és!” e a expressão do teu rosto transforma-se em traços de mil fervores das tuas líbidos internas aquecidas. Foges às minhas mãos que fintas com o ondular do teu corpo, apenas roçando pontos estratégicos enquanto te finges distraída. Joga comigo no tabuleiro das camas desfeitas! Vem te bambolear com esse modo que te é único no mosaico xadrez de minha casa! Far-te-ei ver que não és a única detentora das tácticas de jogo e mostrar-te-ei mais que sessenta e quatro modos de ser acarinhada. Aproxima um pouco mais a tua crueldade à minha persistência que te verás derrubada pelo poder da experiência. Convencida! Não resistas à força máscula dos meus braços que, enlaçando-te a cintura, te imprimem contra o meu peito. Faltam só uns escassos centímetros por palmilhar e, por conseguinte, aniquilar, para que possas, por fim, sentir roçar no teu meio tudo o que de mim te quero dar. Anda!, que impacientemente me sinto por te derrubar as artimanhas em cima da minha cama! Abrir-te essa couraça de menina fingida molhada por saber que é fruto de fantasia... Fantasio contigo na ponta da minha língua humecida pelos teus vires vigorosos, apertado pelas coxas que guarida me dão à boca, contorcendo-te à medida das minhas lambidelas. Menina como tu és cruel! Farto me sinto de bater umas quantas à noite para o desejo sossegar; digo-te mais uma vez: vais parar! No quarto, na cama, na rua, no chão ou então na lama, quando te apanhar a jeito irás ver o que é um pau sapiente a embebedar-te a cona!